Denisson Santos
Charge de autor desconhecido |
Há uns 16 anos, Canindé de São Francisco era apenas mais um povoado na
beira do Rio São Francisco, cercado de vegetação da caatinga. A população vivia
basicamente da pesca, da caça e da criação de gado. Em 1987, começou a ser
construída a Usina de Xingó - considerada uma das maiores do Brasil. As obras
atraíram milhares de trabalhadores que se incorporaram à população original da
cidade. Os forasteiros que chegavam para construir a usina transformaram
a paisagem de pobreza do sertão em uma de desenvolvimento aparente.
Foi nesse período que o empresário Genivaldo Galindo da Silva chegou a
Canindé de São Francisco. Natural de Pernambuco, ele se instalou em Sergipe com
uma empresa de locação de carros, trabalhando na obra da construção da usina
para as empreiteiras. Tinha negócios também na Bahia. Passado algum tempo, foi
candidato à prefeitura, perdeu a primeira eleição, até finalmente conseguir se
eleger por dois mandatos.
A disputa pelo poder em Canindé de São Francisco sempre esteve associada
a registros policiais e à impunidade. Um dos líderes locais, Delmiro Miranda de
Brito, que havia assumido a Prefeitura em 1992, foi encontrado morto em seu
carro, em maio de 1993. O inquérito policial para apurar se foi realmente um
acidente continua sem conclusão, e há fortes suspeitas de que alguém tenha
encomendado sua morte.
Até hoje não foram punidos os responsáveis pela chamada Chacina de Canindé, em 20 de janeiro de 1995. Foram mortos Ademar Rodrigues de Assis, então presidente da Câmara de Vereadores, seu segurança, um mecânico e uma outra pessoa que estava em sua companhia.
Outra morte suspeita, em fevereiro de 2000, foi a de Maria Paulina dos Santos, 33 anos, grávida, que seria candidata a vice-prefeita de Canindé na chapa do ex-prefeito Jorge Luiz de Carvalho. Ela retornava de sua fazenda em Alagoas, quando seu carro teria derrapado e caído num abismo de 30 metros. Existem suspeitas de assassinato.
Até hoje não foram punidos os responsáveis pela chamada Chacina de Canindé, em 20 de janeiro de 1995. Foram mortos Ademar Rodrigues de Assis, então presidente da Câmara de Vereadores, seu segurança, um mecânico e uma outra pessoa que estava em sua companhia.
Outra morte suspeita, em fevereiro de 2000, foi a de Maria Paulina dos Santos, 33 anos, grávida, que seria candidata a vice-prefeita de Canindé na chapa do ex-prefeito Jorge Luiz de Carvalho. Ela retornava de sua fazenda em Alagoas, quando seu carro teria derrapado e caído num abismo de 30 metros. Existem suspeitas de assassinato.
Na luta pelo poder, os meios de comunicação geralmente são usados como
uma ferramenta para apoiar ou destruir políticos. Sobretudo as rádios servem de
palanque para futuros candidatos a cargos públicos - incluindo os próprios
jornalistas e radialistas. Estes utilizam os
meios de comunicação para fazer carreira política e acabam perdendo o
parâmetro da responsabilidade do bom jornalismo.
Cabe assim à juventude, com sua visão crítica, abrir os olhos dos mais
ingênuos. Garantir que o futuro de nossa cidade não seja entregue ao passado.
Que em nossas mãos estejam as decisões e das nossas cabeças saiam as ideias
para o bem dos nossos, do povo canindeense. Especialmente, fazer com que os esforços de alguns 'jornalistas' para iludir os menos favorecidos com falsas verdades sejam em vão.
A história a favor da memória do povo canindeense.
ResponderExcluir